terça-feira, junho 14, 2005

O Tide

Não lamento a morte de Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal. A morte é uma parte da Vida. Acreditamos que é o momento da Justiça Eterna…
Peço para eles a misericórdia que peço para mim, sabendo que Deus não dorme, que Ele é a Justiça!
Que a tenham um vislumbre do que sempre negaram…

Para além deste amor fraternal por todos os Homens, cônscio das limitações com que Deus nos dotou, é altura de dizer a verdade.
Não precisaremos de enlamear o nome dos mortos… Eles próprios trataram disso por nós!

Foram os principais apoiantes portugueses de uma insurreição que matou milhares de portugueses.
Foram os principais apoiantes de uma Guerra Civil das províncias africanas.
Tentaram transformar Portugal numa Cuba europeia.
Roubaram, mataram, prenderam.
Tentaram tomar um país, implantar a filosofia da rapina, da morte, da amoralidade.

Falta aqui muita coisa… Nem me apetece pensar nisso!
Não é preciso! Serão derrotados…
Ainda não o são… Ainda há quem ande de cravo na lapela e grite “25 de Abril, Sempre!”.

A Tirania persiste… Sobretudo a tirania mental!
Não vêem ordem, nem Bem! Têm a mente fechada por séculos de lixo intelectual…
Só uma sequência de eventos desconexos…

Ao celebrarem Cunhal e não Kaúlza (como disse aqui na altura, a RTP até mimoseou o General com umas imagens de skins e cruzes célticas dizendo serem do MIRN) os políticos do sistema colam-se à imagem de alguém que é, em essência, o mesmo que eles…
Não há Bem, nem Moral, nem nada que seja superior às vontades do Homem.
São todos iguais, estes espertalhões do MFA-Partidos!

É também fundamental lembrar que Cunhal não foi a "rocha de coerência" que se apregoa… (fica para outras núpcias) "Fogaça, Fogaça"!

E o que interessam as virtudes de coerência, constância, coragem, cultura, se estas só servem para prosseguir o mal?
O que dizer das virtudes do assassino, do ladrão, do violador? Serão elas de elogiar?

Cunhal perdeu, não pelo descrédito que hoje se vota à sua ideologia, mas por ter passado a vida em defesa de uma concepção primária e errónea de mundo e de sociedade!
Não foi a História que provou os seus erros, mas o pensamento…