sexta-feira, março 31, 2006

Louvável Iniciativa

Um blogue sobre o Remexido, de que aqui queremos dar brado e sugerir uma visita.
Passem pel´O Homem da Serra!

Retalhos da Vida de um Médico...

O regresso do Rafael no Nova Frente.

Três Camadas

Com atenção se verifica que o antepenúltimo post não encontra uma grelha conceptual, mas três.
A direita dicotómica, a direita ordeira e a direita recta. A ilusão encontra-se aí mesmo...
A primeira é absolutamente epidérmica porque corresponde a uma identificação social, à pertença a forças sociais, que de forma alguma implica um pensamento filosófico de direita (geralmente não implica pensamento nenhum, mas isso são outros quinhentos). Os neo-conservadores, os conservadores-pluralistas (o John Kekes, p. ex), os liberais-pluralistas (o Berlin, p.ex) possuem tipos de pensamento absolutamente distintos. Embora todos pertençam à direita sociológica têm formas de pensar que são distintas... Não podem ser arrumados num mesmo lugar, excepto superficialmente.
Se os neo-cons são vincadamente de esquerda (metafísicamente), já Kekes é marcadamente um gnóstico da tradição britânica, vendo uma unidade e uma essência que os vários autores que trata não viam (alterando a realidade para se adequar à sua teoria), e Berlin, com as referências da filosofia romântica alemã, embarca num pluralismo que encontra uma ordenação e um paradigma social. Ao invés do hobbesianismo de Oakeshott que é uma estrutura de ordem, e portanto de direita, os neo-conservadores não apresentam uma justificação para qualquer ordem que não seja o funcionamento "limpo" da máquina social (como defendia o marxismo).
Nestes dois sentidos da Direita cabem alguns pluralismos, algumas direitas democráticas... certamente não todas!
E depois há o outro sentido da direita. O seu sentido mais profundo de procura do correcto, do bem, da virtude, da justa ordenação da cidade e da alma... Aí certamente que nenhuma destas propostas de direita, sociológica e ordeira, pertence. É esse o sentido que é interessante recuperar.

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quinta-feira, março 30, 2006

Sexualidades

A política portuguesa anda demasiado sexual...
Depois do partido que dá tusa, temos o parlamento mais sensível e emotivo.
A Doutrina Socrático-Belénroseirista é um reflexo do país. Maria de Belém Roseira estaria a passajar meias se não fosse preciso meter lá algum colorido feminino!
Estamos no século XXI...

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Da Metafísica à Sociologia

Já aqui dissecámos o problema das direitas e da forma como de uma ideia generalizadora se tentaram formar pilares para a compreensão da essência dos movimentos políticos. Como dissémos também o objectivo de uma direita deve ser encontrar o centro, encontrar o critério justo que permite observar o desvio, o erro, a falsidade. A direita e os seus ideais, que compreendemos como uma estrutura de ordem que reflecte uma ordem maior, superior ao indivíduo, é um caminho, mas não um destino...
A doutrina da raison d´état, um sucedâneo do maquiavelismo, é reflexo de uma ordem (de uma visão de ordem mais limitada como observa Leo Strauss no Natural Right and History). A doutrina de Hobbes é, da mesma forma, a construcção de uma metafísica com implicações política. O mesmo sucede com Pufendorf, com o Divine Right of Kings, o estatismo historicista hegeliano e outras formas de positivismo extremado. A afirmação da Ordem é uma constante, mas encerra em si uma armadilha, através da criação de uma metafísica ad hoc, mera justificação do Poder ou da facção. Nenhuma liberdade, em sentido verdadeiro, emerge daí. Há direitas e direitas...
Por isso é urgente recuperar a verdadeira metafísica. É na recta razão que se compreende o que está à esquerda e direita.
A direita é, por isso, uma forma superficial.

Relembremos a herança de Burke e a forma como este se colocava, diremos de forma liberal (porque motivado pelo interesse na verdadeira liberdade), contra o sectarismo (os aficionados do poder) e contra a dissolução (os que esquecem os deveres políticos que a liberdade implica). Burke sempre se defendeu afirmando que ambos os lados estavam em excesso. Fossem os direitistas, os partidários de Jorge III, ou os esquerdistas, os afrancesados dos clubes republicanos e revolucionários, todos tiveram direita à sua “bordoada”.
Esta é a dita “direita sociológica”, que trata de se reformular de cada vez que precisa de uma nova justificação... É um grupo que se blinda e não uma corrente de pensamento. É desta vulnerabilidade às tendências externas, por motivos práticos e não por qualquer preocupação com a “justa medida”, que penetram no seu seio ideias como o pragmatismo... e é por essa porta, a ausência de uma identidade substantiva (basta ver-se o que tem sido o GOP desde a fundação até hoje), que os neo-conservadores entram na direita sociológica, apesar de todo o seu paradigma mental ser de esquerda (só as conclusões a que chegam não o são).

A distinção é entre uma direita sociológica, o oposto das esquerdas, e uma direita que olha para si como “recta”. Os neoconservadores são de direita sociológica (exceptuando aqueles que não renegaram a sua tradição e se mantiveram no Labour por acesso ao decision-making), mas opõem-se à possibilidade de encontrar algo recto no mundo, como seja a virtude ou o Bem.

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quarta-feira, março 29, 2006

Vale a Pena Espreitar...

New Pantagruel.

Tenho Muita Pena

Dos coitados dos refugiados políticos portugueses, vítimas de perseguições políticas e em perigo de vida... O Estado Português não deveria prestar qualquer assistência aos senhores emigrantes que se consideraram exilados políticos! Ainda acusarão o Estado de os perseguir...
Gente sem-vergonha!

A Pessoa de Ninguém

Em Portugal há uma pessoa a culpar. Quando a culpa é de ninguém, quando os incertos levam a melhor, quando há problemas processuais, quem come é sempre o Estado!
Noutros países e tempos, mais avisados, procuram-se culpados. Em Portugal há um culpado by default.
Conheço um tipo que se orgulha de ter pedido (e obtido) uma indeminização ao Estado por ter furado um pneu num buraco da estrada. Dizia ele que “o Estado tem obrigação de ter as estradas em boas condições!”. O argumento é tão estúpido quanto desresponsabilizador.
Primeiro porque um erro se teria de imputar a quem cometeu o dano e não se proceder à retirada de dinheiro do “bolo”. Segundo, porque a escassez de recursos, o que faz com que muitas vezes tenhamos de escolher entre duas acções (tapar buracos da estrada ou construir habitação social), é culpa de quem sustenta o Estado. Se querem melhor Estado é preciso que produzam riqueza e que não fujam ao fisco... O Estado não pode ser obrigado a ter um fiscal em todos os quilómetros de estrada, pronto a deitar alcatrão em qualquer buraco... Esse é o desejo de qualquer socialista e a solução para o desemprego numa sociedade doente, mas é um erro económico e moral gravoso!
O disparate do direito absoluto a uma estrada perfeita e lisa é uma anedótica reprodução da nossa cultura e da nossa constituição.
Nenhum país é governável quando o povo não é leal com o Estado.

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terça-feira, março 28, 2006

O Fim do Euromundo









Lembra o MCB a chacina da I Guerra Mundial.
Para além da estupidez dos políticos há a lembrar a estupidez dos intelectuais.
Os início do século foi fértil em ideologias tontas, um prolongamento do século XIX.
As Relações Internacionais foram nessa altura dominadas por ideias que se viriam a mostrar mais perigosas que qualquer político inflamado.
Uma das doutrinas mais perniciosas foi a doutrina da destruição criadora, do papel fundamental da guerra no desenvolvimento económico e tecnológico das nações. Isto somado à ideia comteana de que o desenvolvimento material nos levaria a uma nova humanidade, à ideia hegeliana de que o homem não passa de um joguete nas mãos do destino e que, portanto, em qualquer acção se aproxima da sua realização superior. A aceitação do económico como primordial na existência cumpriu-se como rendição a todas essas pseudo-filosofias de demissão da inteligência humana.
Sentia-se no início do século XX a necessidade de uma guerra redentora do Homem. A necessidade da guerra que iria estabelecer uma nova ordem, decisiva, que iria terminar com o "Concerto das Nações" era evidente. A corrida armamentista impedia, diziam, qualquer esperança de paz e equilíbrio.
Olhar a guerra como uma inevitabilidade, mero estádio histórico da catarse historicista, provou-se a pior das abordagens...

Ainda dizem que as ideias não interessam!

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segunda-feira, março 27, 2006

A Terra Floresceu


Não há dúvida que a união dos vários povos portugueses é o grande desafio para o novo século. Compreender em que moldes isso pode ser feito é tarefa fundamental e que passa pela actividade governativa e pelos que conseguirem influenciar o sector político.
É altura de reconstruir e para isso é fundamental que se multipliquem os Portas do Cerco, sempre dispostos a compreender o Portugal que encontra em todo o mundo.
Está na altura de pensar para preparar...

Se o Miguel Castelo-Branco fala (e bem) de Cabo Verde eu falo de São Tomé e Príncipe.
Falo de todas as sociedades que não se podem compreender sem pensar Portugal.
Ainda não está na hora, mas já é tempo de a criar...

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É preciso ler esta reflexão sobre a Diplomacia Cultural Lusa no Continente Asiático.

Divulgação Institucional












E não está nada mal feito o cartaz...

Olex

Um preto de cabeleira loira?
Um branco de carapinha?
Um nacionalista que acha que a sua religião é melhor por ser mais inclusiva?

Mais Um Dia

Agradeço muito aos amigos que deixaram as suas mensagens de parabéns, bem como pelos posts que a este blogue dedicaram! O tempo não pára e este blogue vive (como não podia deixar de ser) um dia de cada vez. Longe vão os grandes projectos blogoesféricos. Os mais recentes posts deste blogue podem ser lidos de sandes numa mão e chávena de café na outra.
No meio de tantos projectos (a juventude é assim) reduzo não a frequência dos textos, mas a sua profundidade... É como se forçadamente me adequasse ao formato Blog.
Aguardo o dia do leitão, embora suspeite que me irei antecipar em relação ao Buiça!

sábado, março 25, 2006

Ainda Não...

























Ainda não é desta que me calo!

quinta-feira, março 23, 2006

Muitos Dias e Noites


Há dois anos que comecei este blogue. Parecem-me mais...
É hoje mais difícil prosseguir esta empresa, por falta de tempo, por já ter falado em demasia, por já me faltar o assunto.
Este blogue é movido por duas paixões.
A primeira é a vontade de defender alguns pontos que me parecem ser fundamentais na redescoberta mais profunda de sentidos mais verdadeiros da nossa existência enquanto homens e na qualidade de seres dotados de uma circunstância histórica que revela a nossa experiência elevada de humanidade, a que vulgarmente chamamos de Ser Português. Foi essa a ideia genética deste blogue, a que tentei realizar de melhor forma possível, na medida das minhas parcas capacidades.
A segunda e que tem sido a grande fonte da longevidade deste pasquim, é a amizade dos comparsas de blogação que fomos encontrado nesta jornada. É ela que me tem preso a esta página e a “clicar” no publish post quase 700 vezes (certamente menos de metade dos posts e das horas que aqui gastei teriam feito o mesmo efeito).
É assim que agradeço ao Nélson Buiça a descoberta deste blogue e as muitas horas nele gastas a comentar. Foi ele que, com as suas discordâncias e concordâncias (que também as houve) trouxe as primeiras polémicas interessantes a este espaço.
Fundamental nesta jornada tem sido também o JSarto, espírito persistente que não desiste de nos levar a lugares mais límpidos da nossa existência, de nos mostrar as grandes descobertas onde as construcções fazem sentido.
O Manuel Azinhal que nos expandiu os horizontes, que deu brado do que aqui se disse, que acompanhamos com reverência diária.
O Pedro Guedes que foi o grande exemplo de como manter um blogue, de como o fazer interessante, cultivado, leal. Um exemplo de qualidade e de luta difícil de igualar, em que só se lamentam os posts de ódio clubístico (que virá em breve a ser criminalizado como forma inaceitável de discriminação).
O mesmo se diz do BOS que de forma desencantada lá vai mostrando os “podres” da gentinha que vai preenchendo o “rectângulo” neste início de século, dominando a língua-mãe e os convivas em repasto com mestria e vivacidade similares.
O orgulho de ter como comentadores o Mendo, o Paulo Cunha Porto, o Miguel Castelo-Branco, o JSM (não esqueço um mail que me mandou e me encheu de orgulho), gente grande, dada ao pensamento e à causa mais importante. Os salazaristas Dr. António Cruz Rodrigues e o Manuel Brás (recente neoconservador) e o jovem de além-mar ACJA, o jovem de aquém-mar Viriato, o Miguel de Londres, o AAA. O prazer de acolher os novos blogonautas de maior qualidade como o Je Maintiendrai, o Jansenista, o SRA, o Engenheiro, o Euro-ultramarino
Uma palavra muito especial para dois amigos. O FGSantos (que agora, à Durão, passou a ter menos um nome) que com as suas críticas, assiduidade, manteve este blogue com interesse. As palavras de amizade do Santos foram do mais importante nesta viagem.
Fundamental também foi o amigo Rafael Castela Santos, a pessoa mais importante nesta jornada blogoesférica, por ter permitido que este blogue, através dos seus conselhos, encontrasse o rumo certo, em forma e em conteúdo.
Graças ao Rafa o blogue e o seu autor tornaram-se mais consequentes… já não é coisa pouca!

Grande abraço e sincero agradecimento a todos.

terça-feira, março 21, 2006

Estranhas Noções

Estranhas noções de humanidade geram estranhas concepções de comunidade política. Estranhas noções de comunidade política geram estranhas concepções de família.
O que dirão os que falam na comunidade e família como um relação fisiológica, da adopção?
Essa estranha noção de amor parece querer encerrá-lo no fim de suas virilhas...
A partir daí não há mais nada!
Nem os animais, capazes de adoptar, possuem afectos tão restritos...

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Momento Vexilógico do Dia













A Bandeira Imperial Russa.
Uma síntese das cores do escudo imperial...
É também a bandeira dos tradicionalistas russos.

A Rússia Branca

A Bielorússia não é bem um país. É uma região russa...
A sua independência é uma excrescência histórica, uma invenção sem qualquer razão de ser que não a criação de uma zona de conquista que não afecte directamente a Rússia. A Ucrânia e a Bielorrúsia de hoje são indeminizações da Guerra-Fria...
A própria existência de um sentimento nacional ucraniano e bielorrusso é feito, não nos seus próprios termos e interesses, mas como reacção à preferência estratégica pela Ásia, por parte de Moscovo. São ressentimentos de um mesmo povo, a inveja de um filho predilecto.
Só há uma Rússia... a branca, a vermelha, a azul!

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segunda-feira, março 20, 2006

O Barómetro Jirinovski

Quando a Europa precisa de cascar nos ingleses Jirinovski é um ultra-conservador.
Quando é preciso bater na direita continental Jirinovski é um ultra-nacionalista.
Asseguro-vos que esta é a melhor forma de saber quem é o inimigo da Europa unida a cada momento...

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Voltas no Calendário

A crise no CDS é algo de esperado há muito tempo! Já se sabia que, com o portismo espalhado pelos cargos de poder, Ribeiro e Castro não teria direito a mandar no partido.
Ribeiro e Castro não está para fazer fretes a Portas e por isso alterou o calendário. Não quer semear para Portas e os portistas colherem...
Continuo a achar que a solução para os problemas ideológicos do CDS se joga em Inglaterra e nas posições europeístas (a pertença ao PPE) dos "tories". Sem essa definição essencial o CDS é igualzinho ao PSD, mas com fatos melhores.

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sexta-feira, março 17, 2006

À Deriva

Em dias sem ondas fazem-se coisas estúpidas...
Comprei há tempos a Atlântico!
Só seria desilusão se tivesse acalentado alguma esperança na dita revista.

Maria Filomena Mónica continua vaidosa e dizendo os seus disparates! Desta vez entra em perfeita contradição na coluna da direita e da esquerda. Acha que os valores não têm de ter uma metafísica e acha que os consegue descobrir sozinha... E no entanto acha também que as pessoas devem encontrar sozinhas (é assim que se escreve Meninha e não com acento!!!) os seus valores! Agora pergunto eu, não terão então, segundo essa inviolabilidade da vontade, os seres humanos a capacidade de negar os valores? Não têm, segundo essa perspectiva, o direito a rejeitar como mera imagem a existência dos outros, podendo assim agir no mundo a seu bel-prazer?
É o costume...

Para além disto há uma defesa meio tonta do Papa Bento XVI, uma crítica bem vergadinha (mas disfarçada de desafiadora) de Mário Soares, um apelo ao relativismo do Pedro Lomba (“a liberdade de expressão precisa de relativismo” diz o rapaz. Ainda bem que daí não virão processos de difamação ou calúnia. Já que a verdade é relativa aproveitem para lhe chamar o que quiserem que não precisam de fazer prova de nada...).
Vasco Rato faz, como seu apanágio, uma resenha de banalidades internacionais. Como diria o próprio “BORING”.

Salva-se no meio desta “chachada” uma excelente reflexão sobre o Islão do João Pereira Coutinho, inspirada por Bernard Williams (certamente), um texto sobre a esquerda festiva do André Azevedo Alves e o artigo de Constança Cunha e Sá que analisa bem o momento político “à direita”.

Pouquinho para 3 euros.

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Mândria

O que é feito do Portas do Cerco e do Integralmente Lusitano?

Liberdade de ensino

Em Paris, na Sorbonne, algumas centenas de estudantes esquerdistas «fils à papa», de profissionais da revolução contínua e de trotskistas para todo o serviço de desacato, escudados num álibi socio-laboral, estão a negar a milhares de colegas o direito às aulas e ao estudo, a bloquear-lhes a movimentação na escola, a destruir selvaticamente livros e material, a causar danos a estabelecimentos comerciais e a propriedade privada nas redondezas das instalações universitárias, e a tentar contaminar mais estabelecimentos de ensino superior com o vírus da contestação arruaceira e intimidadora. Sintomaticamente, aquilo que algumas televisões portuguesas salientaram hoje na reacção dos grupos de estudantes que na Sorbonne se levantaram contra os agitadores e os enfrentaram a pé firme, foi que se tratava de elementos «de direita e extrema-direita». Os outros, claro, estão «em luta».

Perigosos Fassistas em Belém!!!

Este texto podia ter saído das páginas do Avante...
O Presidente encontra-se rodeado de fascistas de todos os lados!
Há qualquer coisa de errado com um jornal que acha que o fundador do Clube da Esquerda Liberal é um defensor da direita mais dura!
Há ignorância quando se afirma:

"E, contudo, há sinais de que a Casa Civil não é só constituída por neoconservadores, como o demonstra a escolha do consultor e do assessor para a saúde: tanto Manuel Antunes como Fernando Leal da Silva são defensores da aposta num serviço público - talvez até mais que o próprio ministro socialista. "

Uma vez que os Neoconservadores se caracterizam pela defesa de uma máquina estatal e de providência mais actuante... Neoconservador agora serve para tudo o que é mau, como já estamos habituados a ler na generalidade das pasquinadas sinistras.

No meio disto fica apenas uma notícia de relevo!
A Direita Jantadeira (não confundir com a Almoçadeira) vai começar a juntar-se no Holmes Place...

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Futuríveis

(pequeno ensaio de prospectiva)

Daqui a dez anos estaremos na mesma, mas alguns terão um BMW, outros terão um micro-ondas, outros, ainda, terão mais livros em casa. Os últimos estarão mais sozinhos, em virtude do BMW e do micro-ondas. As coisas não mudarão até que convertam os seus filhos ao sabor dos novos tempos... Aí virá a maré que inundará a última ilha de civilização! As Universidades terão cursos como "Como obter um BMW e um micro-ondas" e terão um poço para onde atirar os que tiverem a veleidade de achar que o Mundo é mais que isso. Os homens lamentarão o dia em que não se podiam locomover em grande estilo, ou aquecer o leitinho em trinta segundos e acharão que isso faz toda a diferença do mundo.

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O Balanço de uma Década de Sampaio

Uma bela merda!

quinta-feira, março 16, 2006

Mais Blognostalgia

Espaço Pirata- Momento Mágico

Um Sucesso

A coerção do CASCA funcionou e surge o novo Horizonte.

terça-feira, março 14, 2006

Buchanan defende Freitas?

segunda-feira, março 13, 2006

O Regresso de Creonte

Nunca me congratulo com a morte dos homens. Perde-se nela a última hipótese de redenção...
Milosevic foi um tirano, na mais verdadeira acepção da palavra. Fomentou uma guerra evitável, em defesa de uma unidade política contra-natura, que não era mais que um projecto de sobreposição dos sérvios aos restantes povos da federação jugoslava.
Para um reciclado o credo é de segunda importância. O Poder sempre foi mais importante que o que fazer com ele. No meio e acidentalmente, acertou na defesa intransigente do património histórico sérvio que é o Kosovo...

O facto de eu achar Slobodan um canalha não implica que seja um obtuso defensor da ordenzeca “ocidental” dos tribunais internacionais. Não serei comendador como o Esteves Martins que afirmou na RTP que a possibilidade de Milosevic ter sido assassinado era pouco mais que fantasiosa...
As estranhas movimentações do “processo” (à falta de melhor termo) levantam todo o tipo de suspeitas e se não tivesse sido o dito, mas o famoso Bibi da Casa Pia, ninguém aceitaria a palavra das autoridades...

O mais interessante é a forma como querem fazer crer que a autópsia, onde quer que esta seja realizada, pode revelar alguma coisa. Esta não é obra de uma mulher zangada que coloca raticida na sopa do marido, ou de uma associação criminosa que pretende eliminar a concorrência! Quem quer que cometesse um crime desta monta não iria deixar pistas detectáveis. E nós ainda de rabo para o ar a olhar os destroços do avião de Sá Carneiro e Amaro da Costa...

O mais grave, para além do barulho acusatório e do silêncio dos inocentes, é a forma como, sob a maior das naturalidades, alguns se consideram possuidores do cadáver de Milosevic. Após a morte extingue-se o perigo da acção directa de um homem. Essa é, sem qualquer dúvida a grande libertação...
O grande traço do totalitarismo é a forma como não encontra limites na morte. A injustiça de cuspir no adversário moribundo, a “guerra total”, impedir que um cadáver seja restituído à família, são injustiças porque vêm do ódio e não da vontade de restabelecer a ordem das coisas.

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Mais Sós

De regresso, após problemas de conexão à Internet, tive esta triste notícia.
Isto começa a perder a piada...
Hoje já não me apetece escrever!

sexta-feira, março 10, 2006

Mais uma leitura imprescindível no Sexo dos Anjos

Sem Memória...





















Ainda há dias, folheando um livro sobre a cidade portuguesa de Lourenço Marques, pensei o mesmo. Lamentei pertencer a uma geração que já não tem recordação. Resta o imaginário...

quinta-feira, março 09, 2006

Algures em Beaconsfield


Morreu sozinho, desgostado pela morte de Richard...
A sua oposição ao evento político e à obra política mais maçónica de sempre "Os Direitos do Homem" de Thomas Paine, renderam-lhe o desprezo generalizado da classe política.
A necessidade de uma Igreja estabelecida, dogmática, ordenadora do espírito e consequentemente da sociedade, está bem patente nas Reflexões.

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Telelixo

Primeiro tivemos as criancinhas amestradas, depois uns otários amestrados, depois os famosos amestrados... agora temos uns velhinhos amestrados!
O futuro reserva-nos um reality show intra-uterino...

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Como se Confundem

Penso ter sido Churchill quem afirmou “no mundo só existem dois tipos de pessoas: as que dividem o mundo em dois tipos de pessoas e as outras”. A verdade é que os sintomas do esquerdismo, a tentativa de através de um processo de questionamento e simplificação consecutivo colocar tudo o que é diferente num mesmo plano, transbordaram para as direitas... Não é incomum vermos a direita actual embarcar nas mesmas estratégias esquerdistas. Pergunte-se a qualquer das direitas se é preferível ter uma sociedade boa ou má e ele responderá “é tudo uma questão de perspectiva”! Pergunte-se o que acha da justiça de uma medida e ele perguntará “justiça de quem?”! Pergunte-se-lhe se é verdade que a sua família é um intrumento de opressão do capitalismo, do Cristianismo ou da vizinha do 5º Esquerdo e ele retorquirá, como Pilatos, “O que é a Verdade?”.
Sem uma proposta, lá se vão escudando nas únicas respostas que conhecem e que são as do seu tempo... Que já eram as do tempo em que a sofística minava Atenas.

À distância, como tudo se vê com superficialidade, tudo é o mesmo. Não há maior cosmpolitismo que esse! A incapacidade de olhar para as coisas como elas são gera o Não sistemático. Agora todo “bicho-careto” descobriu o libertário em si, de forma a que possa proclamar a sua pós-modernidade aos quatro ventos!

Antes era o “apriorismo”, agora é o “relativo”.

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terça-feira, março 07, 2006

No Edmund Burke Blog





















Muitas novidades, livros gratuitos, links actualizados...

Scrutonsteins

Já Conhecem a Salisbury Review?
E a The New Criterion?

domingo, março 05, 2006

Stephen J. Tonsor sobre os Neoconservadores

"It has always struck me as odd, even perverse,
that former Marxists have been permitted, yes
invited, to play such a leading role in the
Conservative movement of the twentieth century.
It is a splendid thing when the town whore
gets religion and joins the church. Now and then
she makes a good choir director, but when she
begins to tell the minister what he ought to say
in his Sunday sermons, matters have been
carried too far."

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Uma Visita Interessante

O Regresso do Mundo das Sombras.

sexta-feira, março 03, 2006

Perigos e Fronteiras

É bem verdade, como afirma o BOS (segundo a doutrina britiana), que o nacionalismo não se pode resumir a um nós contra eles, onde o nós se reduz a uma arbitrariedade onde não existe essência nem uma unidade superveniente. O Estado Fascista é de facto totalitário por ser o auge da construcção do homem-novo e por suplantar a Nação como estrutura organizadora da obediência política, manifestando-se esta como Bem Supremo da existência humana (o legado de Maquiavel e dos seus sucedâneos da Raison d´État é aqui demasiado patente). Não querendo entrar na reflexão sobre a Multiplicidade e o Uno, tenho apenas de advertir que a observação de uma “Tática Divina” pode resultar no mais desvalido historicismo. Compreender Deus pela História, sabendo da existência do Livre-Arbítrio, é uma apresentação apelativa, mas religiosa... Mais que tudo essa pan-interpretação gera a concepção de um Homem escravizado por forças inapeláveis, tão ao gosto das “magias evolianas”, mas que lhe retiram o sentido verdadeiramente humano.

Por muito que se queira nunca existirá uma sociedade sem concepções religiosas (por mais viçosas ou débeis que sejam). A Nação encontra-se sempre contrangida por algo. Fosse a Nação o valor superior da existência humana e ela suplantaria a Verdade e o Bem que se propõe a servir. Nenhuma Nação que conheça pode subverter a lógica aristotélica e os seus silogismos, ou afirmar que um ponto tem peso e ocupa espaço, ou abolir a existência da geometria perfeita nos nossos espíritos[1].
É por isso que não podemos senão discordar do nosso amigo FG Santos, uma vez que a superioridade da Nação na vida humana é um erro grave.
Basta observar o “Diálogo sobre a Justiça” da República de Platão para compreender que esse erro está na origem de uma concepção errada de sociedade, que é circular...
Céfalo afirma que a Justiça se encontra no Mito e nas tradições. Que o Homem justo é o que reproduz o que lhe foi legado, perante o temor da vida pós-terrena. Sócrates demonstra as dificuldades da convenção humana, numa ideia prosseguida por Aristóteles, mostrando que a a política pode ser Natural, quando se submete ao superior, ao Bem!

A subversão da Modernidade consiste na inversão do conceito de Natureza[2]. No pensamento cristão a Natureza do Homem é o Bem, o desenvolvimento das capacidades morais e intelectuais. Na Modernidade a Natureza é a rudeza e a brutidão, assim como o objectivo do político é preservar a primitividade do Homem.
Afirmando a pureza do primitivo, a sociedade política é apenas uma forma de manter uma Natureza anterior. O político uma forma convencional de preservação da bondade ou direitos primevos.

É precisamente por esta razão que é importante reafirmar a naturalidade do Poder. Sendo a comunidade uma construcção humana, é-o tanto como um cálculo matemático, uma percepção de uma realidade superior.
É por essa razão que a comunidade política é, por excelência, uma elemento natural, porque é ela que possui a capacidade de realizar a Humanidade enquanto ordem colectiva. É a comunidade mais perfeita porque representa a auto-suficiência política, em matéria e espírito.
Sem essa concepção de Natureza, que é Bem, encerramo-nos na incapacidade de distinguir o desejável e o indesejável. Tudo é a mesma coisa porque mesmo o Mal mais profundo ou o malquerer mais gratuito, é parte do todo a proteger... Em grande medida é a busca de uma preservação do Vício que move a concepção relativista!

E que melhor forma que uma Pátria com Identidade Histórica para permitir uma compreensão das directrizes de uma vida em comum?
A Nação é uma realização suprema da Natureza, assim como a cultura que a permite.


___________________________
[1] Ninguém nos pode ordenar que “A maior que B e B maior que C” seja “C maior que A”, ou ordenar que “as rectas passem a ter fim”.
[2] Leia-se, a este propósito, as páginas 4-5 deste interessantíssimo texto de Rémi Brague, ou este excelente “post” do BOS.

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quinta-feira, março 02, 2006

O Euro-Ultramarino está muito bem...

No meio de excelentes leituras e críticas mordazes!

Foge Cão...

Na distribuição de caricas comendatórias pelo PR há traços de um parolismo inacreditável.
Para além de jornalistas que assassinam a língua portuguesa, mas que ecoam as posições oficiais do socialismo regimentado, para além de obscuros combatentes antifascistas, que se destacaram por beber café na esplanada certa, encontramos a distinção de Reboredo Seara! A justificação? Ser alcaide do local onde nasceu Jorge Sampaio, homenageando assim a nobre vila de Sintra!
O que dizer deste critério? As distinções públicas servem idiotices privadas.
Faz quase tanto sentido como distinguir os Armazéns do Conde Barão como instituição nobiliárquica...

Sugestão de Leitura

A Intercollegiate Review é uma das melhores revistas de cultura que conheço. Para além da visão conservadora abrangente possui um conjunto de colaboradores que a colocam no topo da reflexão político-filosófica mundial.
Aqui se pode ler o número mais recente da revista.

Na parte de trás uma citação de Richard M. Weaver:

"The most pressing duty of the believer in culture today is to define democracy and keep it within its place…. Democracy is not a pattern for all existence any more than a form of economic activity is a substitute for the whole of living. Truly considered, democracy is nothing more than an ideal of equity among men in their political relationships. Its roots are in the truth that every individual has an inviolable personality, a private experience, and an authentic voice.… When democracy is taken from its proper place and is allowed to fill the entire horizon, it produces an envious hatred not only of all distinction but even of all difference."

quarta-feira, março 01, 2006

Parabéns! (Más Horas)

Se eu fosse liberal seria Insurgente! Como não sou limito-me a aproveitar a boleia da inteligência dos blogueadores e comentadores que por lá andam.
Está de parabéns em particular o André Azevedo Alves pela persistência, pela qualidade, bem como por aceitar algumas "lebres" que aqui lhe coloco! Se se unissem os "paleos"...
Vida longa é o que se espera e deseja!